A noite começava a chegar e queríamos parar para tomar um café ou algo parecido. Sandro nos levou para o Campo dei Fiori. Ah, aliás, Sandro é o primo de Toni, namorada de minha tia Jane. E, Campo dei Fiori é a praça onde Giordano Bruno foi queimado vivo No meio da praça há uma estátua, erigida em 1881, em homenagem ao filósofo Giordano Bruno, queimado vivo em 17 de fevereiro de 1600, pela igreja católica na condição de herege, por ter afirmado, assim como Galileu Galilei, que a terra é que girava em torno do Sol (e não o contrário). No centro, está uma estátua de Giordano, que inspira pela sua postura firme e expressão forte. Pena não ter podido registrar bem o momento para vocês, leitores. Mas o sentimento que aquele local trouxe foi fenomenal.
Bom, não ficamos na praça para o café, mas fomos para um pizzaria por perto, onde comemos a pizza italiana pela primeira vez (ao menos nessa viagem, para alguns). Sandro e Toni, como bons descendentes de italianos detonaram a pizza, para nós, leigos, estava boa. Claro que não como a nossa pizza brazieleira, mas era comestível.
E para quem achava que o passeio havia terminado, ainda fomos andando mais e chegamos ao panteão. Primeira audição de uma ópera cantada; primeira visão, um rapza cantando à capela, na praça do Panteão Romano. Fantástico! Não poderia ter melhor maneira de se chegar àquele local. Um fundo musical lindo (essa é a palavra mesmo) e uma visão espetacular do Panteão. Ficamos lá por um bom tempo, sentamos, conversamos e paramos para ouvir um coral de jovens que começou a cantar entre as imensas colunas do panteão.
O clima estava agradabilíssimo em todos os sentidos. De repente uma conversa entre nós (reproduzido aproximadamente abaixo):
Luiz: "No Brasil não vemos isso acontecendo, um coral de jovens cantando na rua."
Daniel: "É. Nós é que devemos fazer isso. Vamos vir aqui amanhã e cantar Aya ngena"
"Coincidentemente", o coral começa a cantar:
"Aya ngena, aya ngena aya puma aya
diri zela aya, sa b ama gua la
saba ma aya, saba, aya saba maguala
aya maguala saba maguala."
Daniel, Luiz e eu saimos correndo para onde eles estavam. Minha tia, seu namorado, Renato e Ana Paula não entenderam nada, mas aquele momento não tinha explicação. Agora era só parar e ouvir. Era um ritmo diferente da que conhecemos, mas fomos acompanhando um pouco. O coral encerra a música sob aplausos e sob as "monetadas" de um mendingo que dormia perto do portão de entrada do Panteão. Foi um momento mágico. Depois dessa, só podia dormir muito tranquilamente.
Para não deixá-los sem entender a canção de língua africana zulu, eis a tradução:
"Juntos, somos fortes; ohem os demais, os covardes; eles têm medo de nossa força".
Inspirador, não?
Bom, para encerrar a noite, uma passada na Fontana di Trevi. Uma bela fonte, a maior do mundo. Pena não ter boas fotos apra mostrar aqui, mas em breve conseguirei a filmagem da câmera do Renato, que registrou muito bem. Jogamos as moedas na piscina da fonte, uma tradição para aqueles que querem retornar à Roma.
Agora chega. Estavam todos cansados. Alguns exaustos (Karina). Realmente andamos muito e muito e muito... mas não tinha como ser diferente nessa cidade.
É hora de descansar, pois amanhã tem mais.
11/05/08 (1ª parte) - Vaticano e o Papa
Bom, não ficamos na praça para o café, mas fomos para um pizzaria por perto, onde comemos a pizza italiana pela primeira vez (ao menos nessa viagem, para alguns). Sandro e Toni, como bons descendentes de italianos detonaram a pizza, para nós, leigos, estava boa. Claro que não como a nossa pizza brazieleira, mas era comestível.
E para quem achava que o passeio havia terminado, ainda fomos andando mais e chegamos ao panteão. Primeira audição de uma ópera cantada; primeira visão, um rapza cantando à capela, na praça do Panteão Romano. Fantástico! Não poderia ter melhor maneira de se chegar àquele local. Um fundo musical lindo (essa é a palavra mesmo) e uma visão espetacular do Panteão. Ficamos lá por um bom tempo, sentamos, conversamos e paramos para ouvir um coral de jovens que começou a cantar entre as imensas colunas do panteão.
O clima estava agradabilíssimo em todos os sentidos. De repente uma conversa entre nós (reproduzido aproximadamente abaixo):
Luiz: "No Brasil não vemos isso acontecendo, um coral de jovens cantando na rua."
Daniel: "É. Nós é que devemos fazer isso. Vamos vir aqui amanhã e cantar Aya ngena"
"Coincidentemente", o coral começa a cantar:
"Aya ngena, aya ngena aya puma aya
diri zela aya, sa b ama gua la
saba ma aya, saba, aya saba maguala
aya maguala saba maguala."
Daniel, Luiz e eu saimos correndo para onde eles estavam. Minha tia, seu namorado, Renato e Ana Paula não entenderam nada, mas aquele momento não tinha explicação. Agora era só parar e ouvir. Era um ritmo diferente da que conhecemos, mas fomos acompanhando um pouco. O coral encerra a música sob aplausos e sob as "monetadas" de um mendingo que dormia perto do portão de entrada do Panteão. Foi um momento mágico. Depois dessa, só podia dormir muito tranquilamente.
Para não deixá-los sem entender a canção de língua africana zulu, eis a tradução:
"Juntos, somos fortes; ohem os demais, os covardes; eles têm medo de nossa força".
Inspirador, não?
Bom, para encerrar a noite, uma passada na Fontana di Trevi. Uma bela fonte, a maior do mundo. Pena não ter boas fotos apra mostrar aqui, mas em breve conseguirei a filmagem da câmera do Renato, que registrou muito bem. Jogamos as moedas na piscina da fonte, uma tradição para aqueles que querem retornar à Roma.
Agora chega. Estavam todos cansados. Alguns exaustos (Karina). Realmente andamos muito e muito e muito... mas não tinha como ser diferente nessa cidade.
É hora de descansar, pois amanhã tem mais.
11/05/08 (1ª parte) - Vaticano e o Papa
Um comentário:
Roma - A cidade do Grande Império Romano, onde o cristianismo ganhou o mundo, cidade de obras de Michelangelo e de Leonardo da Vinci, de grandes imperadores como Júlio César e Maximiliano. Parece uma viagem pela própria história e atrai turistas de todas as partes do mundo: africanos, indianos, japoneses, brasileiros, americanos, italianos... todos reunidos em um único lugar; achei muito legal isso. Assim como pessoas com vestido de noiva tirando fotos; estátuas vivas, que davam um ar de mistério, mágica... Pessoas com traje dos antigos romanos e de gladiadores... O Coral cantando Aya ngena no Panteão foi uma experiência inesquecível. Para nós acropolitanos que valorizamos os grandes homens e aprendemos com eles nada se compara a sensação de estar diante de suas grandes obras, ao contrário de muitos ignorantes, que me avisaram que lá não se passava de uma cidade velha cheia de pedras e muitos que ao ver as fotos ainda afirmam que jamais iriam lá. “As essências perduráveis geram existências irrepetíveis” (JAL). Há coisas que não passam são invariáveis. Esta foi a nossa maior descoberta: a beleza interna desses vestígios; a essência que motivou esses grandes homens.
O Coliseu é uma grande arena onde a população romana se divertia, servia de teatro e era palco de lutas, que sempre acabavam em mortes. As ruínas do Fórum Romano revelam o quanto era grandioso o Império Romano. O tamanho dos templos e a altura das colunas que permanecem erguidas são impressionantes. A Fontana de Trevi é linda! É a maior construção no estilo Barroco da Itália e mede 26 metros de altura por 20 de largura, com destaque para estátua de Netuno. Além de praças com estátuas do Marco Aurélio e Giordano Bruno. E, não poderia deixar de mencionar a típica cozinha italiana onde reinam as massas e os saborosos sorvetes italianos.
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